Resenha: The Pharaoh’s Temple – Thomas Thunder

ilustração de uma pirâmide com uma face diabólica ee cercada de figuras sinistras. O logo do artista aparece no topo, à esquerda, e o nome do álbum aparece ao longo do rodapé

Reprodução da capa do álbum (© Thomas Thunder)


Tivesse Wolfgang Amadeus Mozart nascido nos dias de hoje, talvez ele teria iniciado sua carreira musical logo na adolescência com rock progressivo. Como ele existiu há 200 e poucos anos, acabou sendo “apenas” um dos maiores compositores eruditos de todos os tempos.

Mas no lugar de Mozart, temos Thomas Thunder, um baterista e compositor estadunidense de 14 anos que fez sua estreia agora com o disco The Pharaoh’s Temple – uma obra de metal progressivo com uma banda “de apoio” formada por ninguém menos que o guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal (Sons of Apollo, ex-Guns ‘N’ Roses), o tecladista Derek Sherinian (Sons of Apollo, Black Country Communion, ex-Dream Theater) e o baixista Tony Franklin (The Firm, Jimmy Page). Tá bom ou quer mais?

Não, eu não estou dizendo que Thomas é tão bom quanto Mozart – falta muito ainda pra sequer podermos começar a traçar tal paralelo. Mas para chamar a atenção dessas três lendas, é claro que não faltou talento.

E, com efeito, este lançamento se mostrou uma divertida combinação da experiência das três lendas com a inocência das composições do garoto – e digo “divertida” no sentido “sério” da palavra.

Pelas referências sonoras ao Egito e pela presença de Bumblefoot e Derek, o som do projeto acaba ficando parecido com um Sons of Apollo árabe e sem Mike Portnoy ou Billy Sheehan.

Mas o garoto faz o possível para imprimir sua personalidade, mesmo que para isto seja necessário “supertocar” algumas músicas, como em “Iridescence”, em que ele enfia muito mais batidas do que a canção realmente pede. Mas, porra, quem sou eu para dizer algo? Com 14 anos eu compunha um riff de quatro notas ao teclado e já me achava o Rick Wakeman.

Não apenas projeto mas também desejo bons ventos à carreira de Thomas. Que ele não enterre-a em nome de uma carreira tradicional apenas porque garante mais dinheiro em conta – a não ser que assim ele deseje, é claro.

Avaliação: 4/5.

Abaixo, o clipe de “Crystal Illusione”:

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