Resenha: Lione/Conti – Lione/Conti

Reprodução da capa do álbum (© Frontiers Music Slr)

Em meio a toda aquela confusão sobre o que é o Rhapsody hoje, dois dos vocalistas que já deixaram sua marca nessa lenda italiana do power metal sinfônico decidiram unir forças para começar 2018 com uma colaboração: Fabio Lione e Alessandro Conti. O primeiro cantou na versão original do Rhapsody (o Rhapsody of Fire) por duas décadas, enquanto que o segundo teve uma passagem mais breve, cantando nos dois álbuns da versão do Rhapsody capitaneada por Luca Turilli após sua saída do Rhapsody original e antes dele formar um terceiro Rhapsody com o próprio Lione e outros ex-membros. Ufa!

Batizados com o revolucionário nome Lione/Conti, os dois cantores se juntaram aos pouco conhecidos Filippo Martignano (teclados) e Marco Lanciotti (bateria) mais o respeitado guitarrista e baixista Simone Mularoni para preparar seu disco de estreia, autointitulado.

É perfeitamente aceitável que você não se impressione muito com as primeiras faixas. Apesar do ótimo trabalho de Simone, que se esforça para torná-las mais agressivas, elas são bem comerciais, com teclados moderninhos aqui e ali e uma estrutura deveras convencional.

Mais a coisa vai melhorando aos poucos. O álbum ganha contornos de metal sinfônico em “You’re Falling” e “Somebody Else”, esta última com uma letra reflexiva na melhor escola Stratovarius de autoafirmação; enquanto que a paulada “Misbeliever” fecha a primeira metade com chave de ouro.

A segunda metade vem bem recheada com mais duas cacetadas do mais puro power metal (“Glories” e “Gravity”), duas faixas não tão rápidas mas muito dignas (“Truth” e “Crosswinds”) e a peça mais esquecível do disco, “Destruction Show”.

Exceto em alguns momentos realmente inspirados, o álbum surpreendentemente não apresenta os dois vocalistas em sua melhor forma. São performances competentes, profissionais, mas só. Por outro lado, os três instrumentistas mostram talento equiparável às bandas mais tradicionais do gênero, deixando-nos já ansiosos para lançamentos futuros.

Nota = 4/5

Abaixo, o vídeo de “Ascension”:

2 Respostas para “Resenha: Lione/Conti – Lione/Conti

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